Os Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ampliarão suas linhas de financiamento para o setor elétrico. A medida, publicada na última segunda-feira, 25 de abril, no Diário Oficial da União, garantirá investimentos no setor para diversificar a matriz energética com fontes limpas e renováveis. Com a decisão, os Fundos Regionais passam a financiar projetos de geração, transmissão e distribuição de energia, como centrais fotovoltaicas, parques eólicos, pequenas centrais hidrelétricas e usinas de aproveitamento das fontes de biomassa.

Os Conselhos Deliberativos dos Fundos regulamentarão as prioridades de crédito e os limites das operações, explica o ministério. Estima-se que as contratações do setor energético junto aos bancos operadores tenham um incremento de R$ 1,5 bilhão, da previsão de R$ 26,3 bilhões destinados pelos fundos regionais para investimentos em todos os setores econômicos. Os bancos administradores dos Fundos Constitucionais projetam melhorias nos indicadores macroeconômicos a partir da ampliação dos investimentos para o setor de energia. A projeção é de um crescimento de 7,32% do PIB das três regiões, que poderá ultrapassar R$ 9,3 bilhões e a geração de 40 mil postos de trabalho no setor de energia. No total, a expectativa é de que os fundos vão gerar 580 mil postos de trabalho em 2016.

A abertura de crédito para o setor energético faz parte das estratégias do governo para promover o desenvolvimento econômico do país, a partir de investimentos em infraestrutura e implantação de novos negócios. Estimativas para os próximos quatro anos indicam investimentos de R$ 112 bilhões pelos Fundos Regionais, que têm sido instrumentos de importantes melhorias na vida dos brasileiros.

Em nota, a Associação Brasileira de Energia Eólica avaliou de forma muito positiva a inclusão das energias renováveis entre os projetos que podem receber financiamento dos fundos regionais de desenvolvimento. De acordo com a associação, as opções para financiamento são essenciais para desenvolver novos projetos, especialmente nesse momento econômico. A nota diz ainda que esse era um pleito da fonte eólica desde 2011, quando o benefício foi retirado.