O Plano Nacional de Energia 2050, que está em fase de conclusão, irá contemplar a construção de novas usinas nucleares, segundo o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata. Segundo ele, a intenção do governo é insistir na construção dessas usinas.

No entanto, ele ponderou, que o país passa por um momento de retrocesso na economia, que afeta o consumo, gerando sobras de energia. "Teremos um volume considerado de sobras, o que faz com que possamos ter um programa de obras mais lento", avaliou o executivo ao participar nesta quarta-feira, 27 de abril, do lançamento do caderno de Energia Nuclear da FGV Energia.

Para ele, algumas questões regulatórias e de financiamento precisam ser resolvidas. "Existe a convicção no governo de que a operação seja da Eletronuclear, mas a construção não. Estamos abertos a discussão", comentou. Barata destacou que a energia nuclear é uma tecnologia competitiva e de baixo carbono.

Ele destacou ainda que é preciso mostrar para a sociedade que os riscos de uma usina nuclear são muito menores do que a percepção que se tem. "Ela propicia o desenvolvimento tecnológico no país é gera uma quantidade absurda de empregos", afirmou.