A viabilização da UHE Santa Branca (PR – 62 MW) no leilão A-5 realizado na última semana marcou a estreia da Lexys Energia nos leilões do setor elétrico. Ela é uma das principais acionistas da Hidrelétrica Santa Branca S.A., a responsável pelo projeto. Centrada na geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, ela faz parte da Lexys Holding, que possui ativos que atuam na área do agronegócio, infraestrutura, serviços, bens de consumo e imóveis. "Esse foi nosso primeiro leilão e foi um grande aprendizado. Com muita humildade, trabalho e esforço, conseguimos construir uma posição vencedora na UHE Santa Branca", explica Antonio Carlos Iurk, CEO da Lexys Holding. Ela possui outros investimentos no setor, na sua maioria em projetos greenfield em desenvolvimento.

O foco da Lexys está apenas nos projetos hídricos no estado do Paraná, como UHEs, PCHs e CGHs. Segundo Iurk, eles devem ter elevada viabilidade ambiental e fortes benefícios sociais. A UHE Santa Branca não vai fazer desapropriações para a sua construção. A intenção do executivo é investir nas comunidades onde os empreendimentos estarão localizados. "Queremos empreender usinas gerando melhoria na qualidade de vida das comunidades vizinhas. Queremos construir uma história de harmonia, respeito e amizade com as comunidades onde iremos nos inserir", avisa.

A HSBSA ainda está em negociações com os eventuais fornecedores de equipamentos da usina. A obra da hidrelétrica deve durar de 24 a 27 meses, dependendo da hidrologia no período. A antecipação do início da operação poderá ocorrer, caso ela consiga um contrato de compra e venda de energia que justifique a operação. Ressaltando que a empresa não investe em projetos que não tenham sido exaustivamente estudados, a Lexys Energia ainda inicia estudos para a fonte fotovoltaica. Ela não deve participar dos outros leilões de energia deste ano, por considerar que os seus outros projetos não estão maduros.

O executivo classifica o setor elétrico como complexo. Ele pede menos interferência direta e indireta do governo, lembrando que sem intervenções governamentais como a lei 12.783/2013, o setor seria mais próspero em negociações. Iurk também acredita ser necessária a harmonia do setor com o setor ambiental. Ele pede respeito aos grupos ambientalistas, ao mesmo tempo em que frisa que a energia elétrica é direito de todos e que precisa ser gerada e fornecida. "Acreditamos que é possível obter apoio dos movimentos ambientais para melhorar a qualidade ambiental dos empreendimentos. O meio ambiente não pode ser desculpa para impedir o progresso", aponta.