O déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos somou US$ 4,2 bilhões no acumulado de janeiro-março de 2016, 49% abaixo do registrado em janeiro-março do ano passado (US$ 8,3 bilhões). Segundo dados da Abinee, o resultado é fruto das exportações que somaram US$ 1,5 bilhão, 6,3% acima das registradas no mesmo período de 2015, e das importações que atingiram US$ 5,7 bilhões, 41,1% abaixo das ocorridas em igual período de 2015.
 
No mês de março, as exportações somaram US$ 640,0 milhões, 13,2% acima das ocorridas em março de 2015.  Segundo a Abinee, esse crescimento ocorreu em função de incrementos pontuais de apenas dois produtos: aparelhos para filtrar ou depurar gases (US$ 148,7 milhões) e de painéis e quadros para GTD (US$ 26,7 milhões), que foram os responsáveis pelas expressivas taxas de crescimento das áreas de Equipamentos Industriais (+84,7%) e de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica – GTD (+117,4%), respectivamente.
 
Ressalta-se que quase a totalidade dessas exportações foi para a China. Ao excluir apenas esses dois produtos, as exportações dos demais itens da indústria eletroeletrônica recuaram 17,4%. Já as importações, somaram US$ 2,1 bilhões, 39% inferiores às do mesmo mês do ano anterior.
 
De acordo com os números da entidade, desde junho de 2014, o déficit da balança do setor começou a registrar resultados abaixo dos apontados nos mesmos períodos do ano anterior. “Este comportamento vem se repetindo a cada mês, consequência da queda das importações por conta da forte retração da atividade industrial”, afirma o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
 
Ao analisar por regiões, a maior parte do déficit nos três primeiros meses ocorreu em função dos negócios com os países da Ásia (US$ 3,2 bilhões), sendo que somente com a China, o saldo negativo alcançou US$ 1,7 bilhão. Apenas os negócios com países da Aladi geraram resultado superavitário (US$ 311,8 milhões), porém, seu montante foi bem menos significativo do que o déficit resultante das operações com as demais regiões, principalmente, pelos países da Ásia.