A Confederação Nacional da Indústria entregou ao vice-presidente Michel Temer 36 medidas consideradas fundamentais e que devem ser implementadas pelo governo federal imediatamente após o país solucionar a questão política que pode culminar no afastamento da presidente Dilma Rousseff. Dentre as medidas, algumas são destinadas a infraestrutura e afetam diretamente o setor elétrico. Entre elas estão a cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético de forma proporcional, considerar os custos totais nos leilões de energia elétrica, aumentar a geração térmica na base do sistema e modernizar as concessões de gás natural.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, a saída da crise por que passa o país exige a adoção de uma série de medidas na área fiscal e de aumento da competitividade. Segundo ele, não existe bala de prata ou mágica para melhorar o ambiente de negócios. A CNI quer ações com caráter estrutural. Na lista das prioridades estão a aprovação da reforma da Previdência e do projeto de lei que regulamenta a terceirização dos trabalhadores.

As medidas sugeridas pela indústria pedem eficiência do estado para garantir a sustentabilidade fiscal, assegurar a segurança jurídica nas relações de trabalho, a reforma tributária, acelerar o processo de concessões ao setor privado na infraestrutura, priorizar as exportações como motor do crescimento, regularizar as condições de crédito às empresas, a segurança jurídica e regulação e a inovação.