A Tractebel Energia apresentou lucro líquido de R$ 347,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, resultado praticamente em linha com o de 2015, quando teve R$ 344,8 milhões. O lucro foi impactado pelo crescimento do ebtida, pela redução das despesas financeiras e aumento da depreciação e amortização.
Segundo Manoel Zaroni, presidente da companhia, a melhoria das condições de operação do setor, com a recuperação dos reservatórios e, consequente queda dos preços do mercado spot, neutralizaram o impacto do GSF. "Isso fez com que o GSF afetasse pouco o resultado desses três primeiros meses, mas é bom lembrar que o escalonamento de preço pela inflação também favoreceu o resultado desse trimestre", afirmou o executivo em nota à imprensa.
O ebtida da geradora alcançou R$ 792,7 milhões nos três primeiros meses do ano, também no nível do registrado nos mesmos meses de 2015. A margem ebtida foi de 49,5% no trimestre, aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2015.
A receita líquida de vendas teve leve redução sobre o ano anterior para R$ 1,602 bilhão. O preço médio dos contratos de venda de energia ficou em R$ 177,29/MWh, valor 5,9% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado. No trimestre, a quantidade de energia vendida somou 4.060 MW médios, volume 4,4% menor do que o comercializado no mesmo período de 2015. "Essa queda tem relação com o fim de contratos bilaterais, cuja quantidades foram liquidadas no mercado de curto prazo", explicou Zaroni.
A empresa investiu R$ 173,4 milhões no primeiro trimestre, sendo a maior parte, R$ 123,2 milhões, para a construção dos novos projetos, principalmente, térmica Pampa Sul e complexo eólico Santa Mônica. A Tractebel destacou ainda a queda de 51,8% no endividamento líquido para R$ 1,074 bilhão no fim do primeiro trimestre deste ano. "O que explica esta redução é que a empresa vem de um processo prudente de preservação de caixa, já que o mercado estava com taxas muito altas, por causa da situação econômica do país", afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini.