A Ampla reportou um prejuízo líquido de R$ 16,369 milhões no primeiro trimestre de 2016 ante um lucro de R$ 15,573 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 155,773 milhões, um aumento de 20% na mesma base de comparação com margem de 14,88%, ante 9,2% do ano passado. Apesar disso, a margem líquida da empresa ficou negativa em 1,56% ante o 1,1% positivo do primeiro trimestre de 2015.
Essa perda foi justificada como o resultado do incremento do custo financeiro impulsionado pela maior dívida, que compensaram a alta do resultado ebitda.
A receita operacional bruta da companhia somou R$ 1,906 bilhão, queda de 6,7% ante o ano passado. Esse desempenho foi atribuído à queda de demanda de 6,3% no mercado cativo e a redução em R$ 612 milhões na rubrica valores a receber da parcela A e outros itens financeiros, em função da contabilização de passivos regulatórios, que serão deduzidos do próximo reajuste tarifário, em abril de 2017. Esses passivos, explicou a Ampla, devem-se, principalmente, a um menor custo de compra de energia nos três primeiros meses do ano.
A demanda total no primeiro trimestre da Ampla somou 3.124 GWh, volume 5,5% menor do que em 2015. Somente o mercado cativo apresentou demanda de 2.615 GWh ante o 2.792 GWh do ano anterior. Já os clientes livres tiveram demanda de 406 GWh ante 403 GWh na mesma base de comparação. Já a linha de energia para revenda caiu 7,2%, para 103 GWh. O consumo per capita de energia no mercado regulado, contudo, ficou 7,3% menor e no livre essa retração foi de 12,3%.
Entre as classes de consumo, houve perda de demanda de 24 GWh em residencial convencional, 43 GWh no industrial e 37 GWh no comercial. A empresa encerrou o mês de março com quase 2.995.880 unidades consumidoras aumento de 2,3% ante o mesmo período de 2015 nos 66 municípios que atende.
A empresa encerrou o trimestre com perdas totais de 20,20%, aumento de 1,002 ponto porcentual ante o mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo o índice de arrecadação caiu de 97,79% para 96,89%. Os indicadores de qualidade DEC e FEC aumentaram para 27,06 horas ante índice de 22,36 e para 12,87 vezes ante 9,79 na base de 12 meses.
Os investimentos da Ampla aumentaram 81,1% para R$ 197,5 milhões. Já a dívida líquida acompanhou esse movimento e foi elevada em 47,21% para R$ 2,732 bilhões. Os aportes foram destinados a modernização e automação da rede e segundo a avaliação do country manager da Enel Brasil, Carlo Zorzoli, já contribuíram para a melhoria na qualidade do serviço em algumas áreas da concessão.