A WEG Equipamentos Elétricos e a Alsol Energias Renováveis vão instalar sistemas fotovoltaicos em 197 agências da Caixa Econômica Federal, somando mais de 12,6 MWp de capacidade instalada. As agências contempladas estão localizadas nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará, Piauí, Maranhão, mais o Distrito Federal. O banco vai investir R$ 100 milhões no total. Os sistemas devem geram 19 GWh/ano, promovendo uma economia de R$ 13 milhões anuais em gastos com energia elétrica.
 
As licitações estão em fase final e os contratos estão em vias de ser assinados. Todos os sistemas serão implantados conforme as regras da Resolução Normativa 482/12, que prevê a troca de sobras de energia com a distribuidora local. Além de atuar na eficiência energética para a redução de despesas com energia elétrica, a Caixa disse que quer ser "referência em gestão de matriz energética e uso de fontes alternativas de energia renovável."
 
A WEG conquistou dois contratos, totalizando 6 MWp para as unidades de São Paulo, Ceará, Piauí e Maranhão. Os dois contratos somam cerca de R$ 49 milhões. Segundo o chefe de vendas do departamento de Energia Solar da WEG, Harry Schmelzer Neto, a expectativa é que em até 10 meses todos os sistemas estejam gerando energia. "A WEG tem uma política de geração distribuída em que a gente cria os integradores. Nesse contexto, a gente vai fornecer todos os equipamentos, operação e manutenção", disse. "Não faz sentido eu criar uma equipe de instalação sendo que o nosso core business é o produto. Vou acabar competindo com meus clientes e a nossa ideia é usar os nossos próprios integradores, que são pessoas que fazem instalação e usam os nossos produtos."
 
A WEG ainda não definiu quem será o fornecedor dos módulos, mas a tendência é que sejam fornecidos pela Canadian Solar. "Hoje é a nossa grande fornecedora… Naturalmente como já comprei 10 MW esse ano com a Canadian, eu devo ter um preço melhor…. Mas se tiver outra empresa, a gente vai avaliar", disse Schmelzer.
 
A Alsol conquistou dois contratos, totalizando 6,6 MWp para as unidades de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Os dois contratos somam cerca de R$ 51 milhões. Schmelzer disse que as duas empresas são parceiras e a expectativa é que a WEG forneça os módulos para a Alsol. " A gente vai tentar fazer algum tipo de parceria… Talvez eles acabem comprando módulos da gente."
 
Planos adiados –  A WEG pensou em investir em uma fábrica para produzir módulos solares no Brasil. Contudo, as condições econômicas, principalmente de financiamento, fizeram com que a empresa adiasse o plano. "A gente já teve essa sede", revelou o chefe de vendas do departamento de Energia Solar da WEG, Harry Schmelzer Neto.
 
Ele explicou que o plano era produzir equipamentos para projetos financiados pelo BNDES. Contudo, disse ele, as condições do banco foram perdendo a atratividade desde o primeiro leilão promovido pelo governo que incluiu a energia solar em 2014. A alavancagem do banco foi reduzida e a taxa de juros elevadas. Além disso, continuou o executivo, o banco tem um histórico de demorar para liberar os financiamentos, o que encarece os projetos, pois o agente precisa lançar mão de empréstimos-ponte.
 
Schmelzer disse que outro complicador é a incidência de impostos sobre os insumos e componentes, que aumentam em 15% os custos dos módulos produzidos no Brasil. Os equipamentos que representa 50% do custo de uma usina fotovoltaica. "Somado tudo isso, não tem cliente nenhum meu, a não ser a Canadian, que está interessado no BNDES. A minha bandeira é BNDES, meus inversores tudo têm Finame, mas não me deu conforto…", disse ele que não descartou a implantação de uma fábrica no Brasil visando o mercado de geração distribuída.