A CPFL Energia apresentou lucro líquido de R$ 232 milhões no primeiro trimestre do ano, crescimento de 63,3% na comparação com os R$ 142 milhões verificados no primeiro trimestre de 2015. O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, amortizações de depreciações) totalizou R$ 947 milhões, queda de 2,6% na comparação anual. A receita operacional líquida somou R$ 4 bilhões, queda de 20,3% quando comparado com 2015. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 12 de maio.
No primeiro trimestre, o consumo de energia na área de concessão das distribuidoras do grupo recuou 6,4% na comparação com o mesmo período em 2015, reflexos dos efeitos da desaceleração da economia e dos elevados reajustes tarifários. A classe residencial teve queda de 4,6% no consumo, puxada também pelo aumento no desemprego e queda na massa de renda real. Já a classe comercial teve retração de 5,2%, refletindo principalmente o declínio das vendas no comércio varejista. Por fim, a classe industrial teve significativa retração de 10,5%, fortemente correlacionada com a queda na produção industrial.
A CPFL Energia investiu R$ 446 milhões no primeiro trimestre do ano, o que representa um aumento de 34,8% em relação ao mesmo período de 2015. Houve investimentos em transmissão, geração e distribuição, destaque para ampliação e reforços no sistema elétrico, melhorias e manutenção em sua área de concessão. Também houve investimentos nos complexos eólicos Campo dos Ventos, São Benedito, Pedra Cheirosa e na PCH Mata Velha.
Entre os destaques positivos do período está a redução no saldo a receber dos consumidores na conta-gráfica (CVA) das concessionárias. Ao final de dezembro de 2015, o valor acumulado na CVA era de R$ 1,7 bilhão. Em 31 de março de 2016, havia caído para R$ 700 milhões. A redução de 56% se deve pela revisão tarifária da CPFL Piratininga (outubro de 2015); a redução no valor da cota do encargo setorial CDE para o ano de 2016; e a diminuição da tarifa em dólar de Itaipu.
Em 22 de março, a Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o processo de revisão tarifária de cinco distribuidoras do Grupo, com efeito médio a percebido pelos consumidores de: CPFL Jaguari (13,25%), CPFL Mococa (9,02%), CPFL Leste Paulista (13,32%), CPFL Santa Cruz (7,15%) e CPFL Sul Paulista (12,82%).Outro destaque do trimestre foi a redução de R$ 143 milhões nas despesas com o GSF (Generation Scaling Factor) no segmento de geração. As usinas da Companhia aderiram aos termos propostos pelo governo federal para a repactuação do risco hidrológico no setor de geração para os contratos no mercado regulado. Com essa decisão, o grupo mitigou esse risco em suas operações.