Com cerca de 300 MW em operação e prestes a dobrar a sua capacidade com a implantação do complexo eólico Cutia (312 MW – RN), a Copel Renováveis também analisa outras fontes de energia. Porém o êxito nas contratações e os retornos financeiros que a fonte eólica vem trazendo para a empresa fazem com que a aposta da empresa fique por enquanto na força dos ventos. "É por isso que continuamos com os investimentos nessa linha, mas não quer dizer que não estejamos de olho nas outras fontes. Estamos, mas com menor intensidade", afirma Ricardo Rosso, diretor presidente da empresa.
A Copel Renováveis iniciou as suas atividades em 2013, sendo criada para gerir as usinas eólicas da Copel, uma vez que a maior expertise dela era com energia hídrica. "Hoje temos uma visão de diversificação da matriz maior", afirma Rosso. Ele conta que a empresa já tem estudos para outras fontes, como a fotovoltaica e biomassa, além das PCHs. No Paraná, estado de origem da Copel, PCHs vem sendo viabilizadas nos últimos leilões. Rosso não confirma uma participação da empresa nos próximos certames desse ano, uma vez que ela ainda elabora sua estratégia para o próximo leilões.
Com os investimentos concentrados no Rio Grande do Norte, a Copel Renováveis analisa projetos de outras fontes em outros estados, como o próximo Rio Grande do Sul, mas os ventos potiguares levam vantagem, uma vez que o executivo os classifica como os melhores do Brasil. "A área aqui é muito privilegiada neste aspecto", aponta. Sem um fornecedor fixo de aerogeradores para os empreendimentos viabilizados em leilão, a empresa negocia o melhor preço com os candidatos que se ajustem ao determinado em chamadas públicas. Para Cutia, a escolhida foi a WEG. "Buscamos aquele que atenda o nosso termo de referência e o que apresentar o melhor preço dentro disso é o que vai compor com a gente", avisa.
O complexo pertence integralmente a Copel Renováveis. Ela possui sociedade com a Voltalia em outro parque, de São Miguel do Gostoso, também no Rio Grande do Norte. O executivo não descarta que a empresa possa voltar a esse modelo de negócio, lembrando que a própria Voltalia se mostrou interessada em fazer novas parcerias com a Copel. "Temos que analisar negócio a negócio, não há uma regra geral", conclui.
*O repórter viajou a convite da Copel