Uma geradora chinesa, cujo nome não foi revelado, já possui uma carta de intenções para a aquisição de projetos eólicos já negociados em leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo o presidente da Câmara Brasil China, Charles Tang, essa empresa, que ainda não opera no país e é uma das maiores geradoras em seu país de origem, deverá aportar por aqui com a aquisição de 750 MW em projetos eólicos. Parte dessa capacidade já está em operação e outra ainda em construção, mas todos os parques estão com os contratos de fornecimento já assinados.
“São projetos já existentes de uma empresa brasileira que está vendendo seus ativos. Já há um carta de intenções assinada”, revelou o executivo a jornalistas após sua participação no 5º Encontro de Negócios ABEEólica, realizado nesta quarta-feira, 25 de maio, em São Paulo.
Tang revelou que essa não deverá ser a única operação em vista por aqui. Ele contou que já existem negociações entre outras geradoras chinesas em projetos de uma UHE e duas térmicas que somam 3 GW em potência instalada. E ainda, há outra companhia interessada em entrar no segmento solar fotovoltaico por meio da aquisição de projetos que somam 600 MW, mas esses ainda sem negociação de PPAs.
“Estamos apresentando as oportunidades no Brasil e trazendo novas empresas para o Brasil, mas tem outras que já estão aqui e ninguém sabe. Por exemplo, tem uma gigante com apenas uma sala, apenas uma secretária e um chinês, foi assim com a CTG e a State Grid. Ficam desse tamanho no país até que anunciam uma compra de R$ 10 bilhões”, disse Tang.
“A despeito das dificuldades do país o que temos feito é dizer para os investidores que o Brasil está barato”, comentou ele à plateia. “A China quer saber se o negócio é bom e se esse retorno for bom, sempre terá o dinheiro chinês”, ressaltou.