O nível de armazenamento na região, que concentra cerca de 70% da capacidade de todo o país, o submercado Sudeste/Centro Oeste, deverá encerrar junho com 55,2% de nível operativo. Se confirmada essas projeções iniciais para o mês que começa na próxima quarta-feira representará uma retração de apenas 1,6 ponto porcentual ante os 56,8% reportados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico nesta sexta-feira, 27 de maio. A previsão inicial para maio no Programa Mensal de Operação era de encerrar o mês atual em 54,6% de armazenamento.

A variação mais significativa para o mês de junho em comparação a maio está no sul do país. Enquanto se esperava encerrar este período a 69,4% (em 27 de maio estava em 90,4%) a projeção para junho é de chegar em 85,6%. No NE a expectativa do operador é de encerrar junho com 27,1% e no Norte com 62,8%. Nesta sexta-feira esses índices estavam em 30,8% e em 62,6%, respectivamente, ante a previsão de 30,6% e de 68,1% para o final de maio.
Ainda na última quarta-feira, primeiro dia da reunião mensal do ONS para o PMO de junho o órgão havia revelado que a expectativa de vazões para junho apontava para um volume acima da média histórica apenas no sul do país com 124% da MLT enquanto no SE/CO o volume está em 93%, no Norte em 44% e no NE em 33% da média de longo termo.
Como consequência disso o custo marginal de operação médio voltou a se descolar nos quatro submercados. No SE/CO ficou em R$ 40,07/MWh sendo que a carga pesada está em R$ 41,91, a média em R$ 40,57 e a leve em R$ 38,81. No sul a diferença que fez reduzir o CMO médio a R$ 36,04 está justamente nessa última que ficou em R$ 27,69 enquanto as duas outras estão no mesmo valor do Sudeste. No Norte o CMO médio é de R$ 88,19/MWh por estarem todas as cargas a este montante. No Nordeste houve uma forte elevação, para R$ 201,47/MWh em decorrência da disparada dos valores no patamar pesado e médio para R$ 259,43/MWh enquanto o leve está em R$ 99,79/MWh.
A carga esperada de 63.241 MW médios representa um acréscimo de 0,7% na comparação com o mesmo mês de 2015. Esse montante é o resultado da previsão de crescimento de 0,4% no SE/CO, de 0,7% no Sul, expansão de 1,1% no Nordeste e de 1,7% no Norte do país.
A geração térmica para a semana operativa que se inicia neste sábado, 28 de maio, é de 7.591 MW médios, sendo que a maior parte é por ordem de mérito, com 4.882 MW médios, outros 1.676 MW médios por garantia energética, 802 MW médios por inflexibilidade e 232 MW médios por restrição elétrica. Na semana que vem, em 1º de junho, a proposta de desligamento de 4 GW em térmicas que ainda estão sendo despachadas por segurança energética estará em pauta na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Uma vez aprovada a medida, a estimativa é de que os custos de operação deverão cair em mais R$ 200 milhões por mês. Em termos de previsão do tempo é esperada precipitação que pode variar entre fraca e moderada nas bacias dos rios Uruguai, Iguaçu, Paranapanema e Tietê.
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