O Operador Nacional do Sistema Elétrico deverá manter ligadas as termelétricas do Nordeste que estão na ordem de mérito e têm limite de custo um pouco acima de R$ 200/MWh. E, eventualmente, as usinas que forem necessárias para fechar a carga da região, já que a programação depende da geração eólica.
Nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, o despacho a partir deste mês vai considerar apenas o custo de operação das usinas, conforme anunciado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico após reunião mensal nesta quarta-feira, 1º de junho. A UTEs com Custo Variável Unitário não serão despachadas pelo operador nos dois subsistemas.
“No Nordeste vai se dar dessa forma porque existe uma limitação”, explicou o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata. Ele lembrou que o reservatório de Sobradinho esta limitado pela baixa vazão, e existem também restrições no intercambio de energia do Norte para o Nordeste. “E aí nós ficamos dependendo da capacidade de produção das eólicas. Se ventar muito, tiver muita eólica, não entra nada além da ordem de mérito”, completou.
A decisão sobre quais empreendimentos entrarão no despacho será diária, mas sempre que a produção eólica somada à das UTEs mais baratas não for suficiente durante a semana, outras térmicas terão que entrar até fechar a carga. “Por enquanto, na carga leve, nos finais de semana, não tem geração fora da ordem de mérito”, afirmou Barata.