O país exportou para a Argentina 3.550 MW ou 3.533 MW médios de energia desde o último dia 30 de maio, segundo levantamento da Agência CanalEnergia nas operações registradas no IPDO dos dias 30 de maio a 2 de junho. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico Nacional, os intercâmbios foram viabilizados pelas estações conversoras de Garabi I e Garabi II. A operação é solicitada pela Compañía Administradora del Mercado Mayorista Eléctrico Sociedad Anónima, o operador argentino. Há um acordo entre os operadores para troca de energia desde 2006, com compensação posterior.

No dia 30 de maio, foi previsto um intercâmbio de 638 MW médios e verificada uma exportação de 643 MW med, realizado por Garabi II, o que deu um total de 900 MW. No dia seguinte, foram 1.046 MW med programados e 962 MW med verificados, chegando a 1.000 MW de exportação por Garabi I e II. O mês de junho começou com a previsão de 1.042 MW med e 1.003 MW verificados no primeiro dia, resultando em mais 1.050 MW. O intercâmbio intenso terminou na última quinta-feira, com a programação de exportação de 1.074 MW med e 925 MW med sendo efetivamente enviados, com 600 MW. Ainda na quinta-feira, houve a exportação e a importação de 20 MW médios para o Uruguai, por conta de testes na conversora de Melo.

As operações de troca de energia entre os países de energia ficaram em evidência no ano passado, quando a crise hídrica fez com que o expediente fosse utilizado. Recentemente, o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata e o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, Tiago Barros, defenderam que o país buscasse fechar contratos de energia com a Argentina, para que o excedente que há aqui tivesse um destino, saindo da simples operação de troca que vem sendo feita os últimos anos.