A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating nacional de longo prazo da Light e de suas subsidiárias de A+ (bra) para A- (bra) em razão de uma piora no perfil de crédito da companhia. A perspectiva dos ratings segue negativa. Segundo Ficth, o desempenho financeiro da companhia permanece pressionado "por níveis de eficiência operacional e de rentabilidade insatisfatórios no segmento de distribuição de energia elétrica", agravados pelo desaquecimento da economia em sua área de concessão. A geração operacional de caixa e os indicadores financeiros do grupo têm sido impactados desde 2014 pela implementação do terceiro ciclo de revisão tarifária na distribuidora do grupo em novembro de 2013.
 
A agência acredita que a alavancagem financeira líquida da Light permanecerá acima de 4,5 vezes nos próximos três anos, sendo que em 2016 esse indicador deve ficar acima de 5,0 vezes. “A Light precisa promover um processo de desalavancagem nos próximos trimestres para se manter em conformidade com seus limites restritivos de alavancagem”, sugere a agência de classificação de risco.
 
Os covenants financeiros do grupo Light, calculados em bases próprias, foram renegociados com os credores em novembro de 2015. O índice de alavancagem líquida foi estabelecido em 4,25 vezes até junho de 2016; em 4,0 vezes em setembro de 2016; e em 3,75 vezes em dezembro de 2016. Ao final de março de 2016 e de acordo com a mesma metodologia de cálculo, a alavancagem era de 4,24 vezes.
 
A perspectiva negativa reflete os desafios do grupo Light de melhorar o perfil de sua dívida, com relevante volume vencendo no curto prazo, e fortalecer sua posição de liquidez, dentro de um cenário mais restrito de acesso ao crédito e de elevado custo financeiro. “A Fitch considera que a manutenção da estratégia de desinvestimentos do grupo será importante para que ele seja bem-sucedido na melhora de seu perfil de liquidez e de sua estrutura de capital.”