A energia eólica poderá responder por um terço da geração de energia mundial em 2050, segundo o Global Wind Energy Council. A meta é viável, de acordo com a entidade, caso os países tomem providências com relação as mudanças climáticas. Em 2030, a eólica deverá responder por cerca de 18% a 20% da geração e em 2020, de 6% a 8%, ainda de acordo com dados do GWEC apresentados nesta terça-feira, 14 de junho, durante um webcast sobre o mercado eólico brasileiro.

Segundo o GWEC, a China lidera com vantagem a capacidade eólica instalada no mundo em 2015, com 145.362 MW ou 33,6% do total, seguida pelos Estados Unidos, com 74.471 MW (17,2%) e da Alemanha, com 44.947 MW instalados (10,4%). O Brasil tem 2% da capacidade mundial instalada com 8.700 MW, sendo o maior mercado da América Latina.

Em relação as novas instalações eólicas em 2015, o Brasil aparece na quarta posição, tendo agregado 2.750 MW ou 4,3% do total. A China, novamente, lidera o ranking, tendo instalado no ano passado 30.753 MW ou 48,5% do total mundial. De acordo com o GWEC, a Ásia é o continente que domina a capacidade eólica instalada.

A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, que também participou da conferência, disse que a fonte eólica no Brasil tem bom preço – cerca de US$ 46,02/MWh (considerando que US$ 1 vale R$ 3,50) – e que mais de 8 GW estão em construção no país. Em 2019, segundo a executiva, o país terá 18.486 MW instalados, que já foram vendidos em leilões. "A eólica no Brasil evitou a emissão de 10,4 milhões de toneladas de CO2", declarou Elbia.