A Energisa vai propor em assembleia aos debenturistas da primeira a sexta séries da sétima emissão adequações nos seus parâmetros de alavancagem, realizando uma alteração nos seus índices financeiros de endividamento. A empresa alega que os efeitos da deterioração da economia brasileira sobre o consumo de energia criam incertezas sobre a performance do Ebitda da Energisa, o que motiva o aditamento. A assembleia será realizada no próximo dia 30 de junho.

O patamar de alavancagem do grupo em dezembro de 2015 de acordo com as características da sétima emissão no indicador de dívida líquida sobre o Ebitda ajustado era de 2,96 vezes e o do indicador de Ebitda ajustado sobre o resultado financeiro chegou a 2,16 vezes. O waiver para os índices financeiros pede que a relação dívida líquida e o Ebitda ajustado para o segundo e terceiro trimestres de 2016 fique em 4,5 vezes. No quarto trimestre, o número cai para 4,2 vezes, sendo mantido até o primeiro trimestre de 2017. No segundo e terceiros trimestres, ele recua para quatro vezes, continuando a cair no semestre seguinte para 3,8 vezes, o mesmo valor pedido no primeiro semestre de 2018.

Já a proposta de mudança de índice para o Ebitda ajustado e as despesas financeiras líquidas é de 1,7 vez para o segundo, terceiro e quarto trimestres desse ano. Ao longo de 2017, o valor aumenta para duas vezes. No primeiro semestre de 2018 ele chega a 2,5 vezes. Na proposta, a Energisa diz estar convicta que poderá cumprir com as obrigações contratadas. Segundo ela, a adequação vai ser importante para que ela consiga executar o expressivo programa de investimento que vai colocar as suas distribuidoras adquiridas da Rede Energia se transformem em referência no setor.