Um estudo realizado pela Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) apontou que o custo médio das fontes eólica e solar continuarão a recuar nos próximos nove anos. A redução deverá ficar entre 26% e 59% nesse período. O relatório analisou todas diversas tecnologias aplicadas a essas duas fontes e chegou à conclusão de que a solar fotovoltaica poderá cair em 59%, a solar concentrada (CSP) em até 43%, a eólica offshore em 35% e a eólica onshore em 26%.

Em termos mundiais, o custo médio da energia a partir da solar fotovoltaica e da eólica terrestre estará na casa de US$ 0,05 a US$ 0,06/KWh. Esses resultados, indicou o diretor geral da Irena, Adnan Amim, indicam que apesar dos recentes recuos nos valores da energia gerada a partir dessas fontes nos últimos anos, a tendência é de que os preços continuarão a apresentar essa tendência em decorrência de fatores como o aprimoramento da tecnologia e de mercado. Ele reiterou na apresentação do relatório que as renováveis já representaram em 2015 um novo recorde de nova capacidade instalada com 148 GW.
“Políticas de incentivo pelo mundo se tornaram mais eficazes, resultado um aumento da implantação, inovações tecnológicas e na redução de custos, fazendo deste um verdadeiro círculo virtuoso”, analisou. “Dado que essas fontes são as mais baratas dentro da nova capacidade de geração que foi adicionada em muitos mercados em todo o mundo, esta nova redução de custos amplia a essa tendência e fortalece a atratividade econômica da mudança de combustíveis fósseis para energias renováveis”, acrescentou ele na publicação que está disponível para download.
O estudo apontou que desde 2009 os preços dos módulos fotovoltaicos solares e das turbinas eólicas recuaram em cerca de 80% e 30% a 40%, respectivamente. E ainda que a cada vez que a capacidade instalada acumulada dobra, os preços dos módulos recuam 20% e os custos da energia eólica caem 12% devido às econômicas de escala e aprimoramento da tecnologia.
Apesar das perspectivas apontadas no relatório a Irena destacou que os responsáveis pelas decisões de políticas públicas tenham em mente que as reduções de custos para o horizonte de 2025 dependerão cada vez mais do equilíbrio de custos do sistema (onde estão incluídos inversores, sistemas de montagem e obras civis), inovações tecnológicas, custos operacionais e de manutenção e da qualidade da gestão dos projetos. “O foco em muitos países deve, portanto, mudar para favorecer regulamentações e políticas que possam reduzir custos nestas áreas”, destacou a Irena.