O encerramento do negócio envolvendo a CPFL Energia e a AES Corporation que levou à aquisição da AES Sul pela primeira deverá ser feito ainda no segundo semestre deste ano. Após esse período a nova controladora da distribuidora gaúcha terá 120 dias para concluir o período de transição de uso de marca e outros procedimentos. A empresa estima que os investimentos na área de concessão no sul do país deverão demandar cerca de R$ 400 milhões ao ano, um aumento de cerca de 60% ante o praticado pelo grupo norte-americano nessa região.

“Temos observado que são feitos investimentos da ordem de R$ 250 milhões ao ano. Nosso compromisso é de aumentar saindo dessa média para cerca de R$ 400 milhões em investimentos anuais”, apontou o presidente do grupo CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior.
A aquisição será feita por meio de um financiamento de dois terços do valor do contrato, ou seja R$ 1,1 bilhão será por meio de dívida e o outro terço, quase R$ 600 milhões sairão diretamente do caixa da empresa. Mas, comentou o executivo, esses valores poderão variar um pouco, mas estarão nessa ordem de grandeza.
A CPFL Energia possui a RGE no mesmo estado e planeja, quando aprovada a medida pela Aneel, pedir a unificação das áreas de concessão que são contíguas. Por enquanto as atuais estruturas serão mantidas assim como as equipes atuais. Contudo num processo para o futuro, naturalmente, a companhia imagina implementa medidas classificadas como de racionalização, mas que isso será feito com cuidado por se tratar de uma região que ainda demanda aportes.
Em uma breve descrição das empresas, Ferreira Junior, destacou que as duas concessões são muito similares em área e numero de clientes atendidos. Lembra que foram privatizadas no mesmo ano, em 1997, e que apenas a demanda por energia é mais significativa. Para ser efetivada, a transação ainda precisará passar pelo crivo da Aneel, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que regula a concentração de mercado, e ainda, pelos credores da AES Sul.