A microgeração de energia deixou de ser uma atividade centralizada e de exclusividade de médias e grandes empresas. Em junho deste ano, o Brasil ultrapassou o número de 2.700 microgeradores individuais, um aumento de 44% na comparação com dezembro de 2015, segundo  Associação da Indústria de Cogeração de Energia. A potência instalada já é de 27 MW, suficiente para abastecer aproximadamente 20 mil habitantes. A maioria dos microgeradores (cerca de 90%) é representado pela energia solar fotovoltaica, sendo que quase todos instaladas em residências.

"O incremento dos microgeradores de energia proporcionará a expansão da geração distribuída, com enormes vantagens para o setor elétrico. Além disso, os consumidores poderão beneficiar-se de menores custos de energia e retornos interessantes dos seus investimentos", afirma o presidente da Cogen, Newton Duarte. Segundo estimativas da associação, o Brasil deve alcançar o número de 700 mil geradores fotovoltaicos já em 2024.

Em março deste ano, entraram em vigor as novas regras que, segundo o governo federal, deverão incentivar e facilitar a instalação de microgeradores de energia em casa, comércios e fábricas do Brasil. Dentre essas regras, destaca-se o novo prazo, de 34 dias, para que as distribuidoras promovam a conexão de microgeradores as suas redes – antes esse prazo era de 82 dias. A partir de 2017, o andamento dos pedidos de ligação poderá ser acompanhado pela internet.