O Custo Marginal de Operação médio no Sudeste/Centro-Oeste subiu 32,7% na primeira semana de julho, sendo fixado em R$ 47,98/MWh, ante R$ 36,15/MWh da semana anterior. O Sul ficou com o mesmo valor, no entanto, a alta nesse submercado foi um pouco maior: de 42%, visto que o preço médio estava em R$ 33,78/MWh. Já no Nordeste houve redução no CMO, que passou de R$ 127,12/MWh para R$ 107,32/MWh para os dias entre 25 de junho e 1º de julho. No Norte, o valor final também foi fixado em R$ 107,32/MWh, quase sem variação em relação a semana anterior, quando o CMO foi de R$ 107,54/MWh.
O aumento no CMO do SE/CO e do Sul se deve à internalização das restrições de vazão das hidrelétricas de Sobradinho e Três Marias a partir do PMO de julho. Como já havia sido antecipado pela Agência CanalEnergia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico, por recomendação da Agência Nacional de Energia Elétrica, iria considerar no Newave a vazão de Sobradinho de 800 m³/s até dezembro desse ano e não mais de 1.300m³/s. A medida fez com que o CMO do Sudeste/Centro-Oeste e do Sul subissem.
A Associação Brasileira de Comercializadores de Energia chegou a protocolar na última quinta-feira, 23 de junho, um recurso para que as restrições não fossem incorporadas no PMO de julho. No entanto, segundo a Aneel, o prazo para decisão era exíguo – dado que o PMO seria publicado hoje – e não houve tempo para uma decisão.
Para o mês, o ONS espera uma Energia Natural Afluente de 99% da Média de Longo Prazo no SE/CO; de 89% no Sul; de 35% no Nordeste; e de 52% no Norte. A previsão é chegar ao fim de julho com os reservatórios do SE/CO com 50,2% da capacidade. No Sul, a expectativa é de que o volume fique em 80,9%, enquanto no Nordeste e no Norte, em 23% e 57,6%, respectivamente. A carga do Sistema Interligado Nacional deve subir 3,1% em relação a julho do ano passado e ficar estável na comparação com junho deste ano. No mês, a carga deverá totalizar 64.559 MW médios. A maior alta na carga será no Nordeste e no Sul, com variação de 6%, seguida pelo Norte, com 4,3%, e pelo Sudeste/Centro-Oeste, com 1,3%.
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