A experiência pioneira do leilão regional para a fonte solar pode fazer com que o estado de Pernambuco repita a iniciativa. O certame realizado em dezembro de 2013 que contratou 122 MWp é considerado um indutor da fonte, por ter viabilizado projetos antes mesmo do leilão de energia de reserva realizado pelo governo em 2014. Sem negar os entraves enfrentados pelo pioneirismo e solucionados, o secretário executivo de energia do estado, Pedro Cavalcanti Filho, se mostra satisfeito com os resultados e acena com mais certames. "Quando fizermos todas as ações que fecham o ciclo da produção da energia, a comercialização e contratação, vamos estar em condições muito boas para realizar novos certames como esse", afirma o secretário.  

Cavalcanti conta que o estado lançou uma chamada pública pioneira, de comercialização de 1 MW excedente da planta solar da Enel Green Power em um produto de curto prazo, com duração de seis meses. O resultado deve ser anunciado no próximo dia 8 de julho e o contrato deve ser assinado até o dia 20 de julho. O estado também planeja comprar produtos eólicos para que enquanto as outras plantas não entrem em operação comercial, possa diversificar a carteira da comercializadora. Na época, a energia solar foi contratada por um preço de R$ 228,63 por MWh, com deságio de 8,55% sobre o preço-teto de R$ 250/MWh. Os projetos de geração tinham que estar localizados em solo pernambucano. 

O leilão regional acabou fazendo com que estado decidisse pela criação de uma comercializadora através da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. Isso colocou o estado em uma situação especial, segundo o secretário. Pernambuco é o único estado que é comercializador de energia, o que lhe dá mais agilidade para novas estratégias. "Estamos aproveitando essa condição para atrair novas oportunidades, mais investidores para Pernambuco", aponta Cavalcanti. O estado está fazendo as migrações adequadas para comprar a energia produzida pelas usinas contratadas. Outros empreendedores como a Sowitec e a Kroma Energia, que também viabilizaram projetos, ainda devem implantar as suas usinas solares.