O Ministério de Minas e Energia sabe que o segmento solar fotovoltaico tem uma necessidade de viabilizar cerca de 2 GW de capacidade instalada todos os anos e afirma que tentará atender a essa demanda. Contudo, ainda não é possível indicar quando esse volume de contratações ocorrerá, até porque a cúpula do governo trabalha para entender o atual ambiente econômico pelo qual o país passa e que tem na sobrecontratação das distribuidoras um dos grandes problemas a resolver e que motivou o cancelamento do leilão de energia de reserva que estava agendado para esse mês.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo, afirmou no painel de abertura do segundo dia do Brasil Solar Power, nesta sexta-feira, 1º de julho, que não é possível afirmar quanto que o governo pretende contratar da fonte no leilão que tem previsão de ser realizado em outubro. Até porque o momento é de racionalidade em decorrência da situação delicada pela qual a economia passa. “É difícil dizer o quanto vamos fazer em termos de contratação no LER, se iremos fazer esses 2 GW por ano todos os anos, não dá para prometer, mas vamos tentar”, afirmou ele.
O secretário, que esteve à frente da Secretaria de Energia de Pernambuco à época do primeiro leilão da fonte, ainda em 2013, naquele estado, disse que o governo precisa entender como realizar os leilões, o que se pretenderá ter no futuro em termos de leilão e o papel dessa energia de reserva. “O adiamento veio porque ainda não estamos seguros para realizar o planejamento de leilões e se esse modelo será a forma correta”, acrescentou ele, que destacou ainda que a meta é de ter maior transparência e aproveitar a oportunidade para revisar todo o modelo e melhorar o processo de licitações que será importante também para as políticas estratégicas, sejam estas, energéticas ou industriais.