O governo federal deverá publicar em até um mês a nova portaria com as premissas básicas do próximo leilão de energia. O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Eduardo Azevedo, não quis revelar detalhes da medida, mas disse que o certame deverá contar com as fontes solar e eólica e continuará a ser disputado na modalidade de reserva, assim como estava planejado. A dúvida ainda é sobre a quantidade de leilões que serão promovidos nesse ano.

Azevedo comentou que o leilão de julho não ocorreria, mas que ainda não estaria definido se o setor teria apenas um certame ou se a opção seria por apenas um evento com um nível de contratação mais amplo. Agora, a perspectiva da disputa para o leilão de geração associado ao de transmissão será reavaliado até porque a perspectiva de projetos de transmissão neste ano é enorme e poderá alcançar até R$ 31 bilhões em investimentos o que poderia reduzir o gargalo nesse segmento que é o mais importante no país atualmente.
Aliás, sobre a Abengoa, o secretário disse que a solução para o problema deverá ser misto e ainda está em avaliação. “Os empreendimentos da Abengoa que não foram iniciados tendem a ir a leilão regular até o final do ano, já os projetos que tiveram início das obras deverão ter um tratamento diferenciado que ainda está sendo avaliado. Se é mais barato completar esses projetos do que fazer um novo, podemos alterar algo, seja a RAP ou conceder algum benefício fiscal para que a conexão seja viabilizada da melhor forma para o consumidor”, afirmou Azevedo a jornalistas no Brasil Solar Power, realizado no Rio de Janeiro.