Os trabalhadores da Eletrobras decidiram realizar uma paralisação de 72 horas, que começou nesta segunda-feira, 4 de julho, e vai até a próxima quarta-feira, 6 de julho. Uma nova reunião com a Eletrobras deverá ser marcada entre os dias 7 e 11 julho, de acordo com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE). Além disso, uma nova paralisação contra a privatização da empresa está marcada para o dia 15 de julho. No dia 22 de julho será realizado um ato contra a Assembleia Geral Extraordinária que autoriza a privatização das distribuidoras do grupo.

Em uma reunião que aconteceu na última quinta-feira, 30 de junho, o CNE avaliou a situação das negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Segundo o CNE, na 3ª rodada de negociações, a Eletrobras havia sinalizado a apresentação de propostas para pagamento da PLR e do ACT, que deveriam ter sido entregues no dia 29 de junho. No entanto, ainda de acordo com a CNE, a empresa suspendeu as negociações, delegando a responsabilidade pelo rompimento aos trabalhadores.

No que se refere ao ACT, afirma o CNE, a empresa só apresentou, até agora, na mesa de negociações, uma proposta, que foi rechaçada pelos trabalhadores, por não contemplar minimamente a pauta de reinvindicações apresentada. Os trabalhadores querem fechar um acordo salarial e também protestam contra as privatizações anunciadas para a companhia. A ideia do governo é começar a venda pelas distribuidoras da Eletrobras. O leilão da Celg-D já está marcado para o dia 19 de agosto.