A Eletrobras informou em comunicado na última segunda-feira, 4 de julho, que a decisão da Petrobras de cortar o gás que supre a UTE Aparecida e para a UTE Mauá Bloco III ainda não impactou no fornecimento de energia para Manaus (AM). Entretanto, a empresa diz ser necessária encontrar uma solução imediata para o fornecimento, para evitar o risco de cortes de energia na capital amazonense. Ela prometeu o pagamento de R$ 433 milhões como providência.
Segundo a Petrobras, a Amazonas Energia e a Eletrobras estão inadimplentes com a empresa quanto ao pagamento pelo fornecimento de gás ao Amazonas. Ela conta que vem adotando medidas administrativas e judiciais previstas no contrato para cobrar os débitos acumulados, sem prejuízo da avaliação de propostas para regularização da dívida. O corte no fornecimento teria sido realizado para resguardar os direitos e seguindo as regras acertadas.
No comunicado, a estatal lembra que no início de junho a Eletrobras Amazonas Energia (AM) já havia renegociado com fornecedores de óleo combustível e gás natural contratos de dívidas contraídas até dezembro de 2014. Os acordos estão garantidos pelos recebíveis da Conta de Consumo de Combustíveis e pela Eletrobras. O descasamento da Conta CCC fez com que a Amazonas Energia tivesse que negociar novos acordos com a Petrobras e a Cigás para dívidas feitas após dezembro de 2014, de modo a evitar a interrupção do sistema. A subsidiária da Eletrobras também alega que depende operacionalmente do repasse dos subsídios dos subsídios da CCC e da Conta de Desenvolvimento Energético.