A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica fechou o mês de junho com 4.020 agentes, registrando um aumento de 24% em seu quadro de associados em relação a dezembro de 2015. Atualmente, o segmento de consumo representa 63% do total de agentes da instituição. O marco de crescimento no número de associados deve-se, principalmente, à forte migração de consumidores livres e especiais para o mercado livre. De acordo com o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, a livre competição faz bem a qualquer mercado e não é diferente com o mercado de eletricidade. Segundo ele, o cenário traz competitividade para a indústria, que é o principal consumidor da energia.

Ainda segundo Altieri, a atual expansão do mercado impacta a CCEE diretamente, em nível operacional e também estratégico. Isso significa adequar a estrutura interna para acomodar a demanda que se apresenta, ao mesmo tempo em que trabalhamos em soluções de mercado para garantir um modelo de comercialização seguro e sustentável.

Em 2015, a CCEE implementou procedimentos e adaptou sistemas para operacionalizar a figura do Comercializador Varejista, criada para facilitar a operação dos consumidores de menor porte na Câmara de Comercialização. Atualmente, cinco empresas encontram-se em processo de habilitação para se tornarem varejistas. Outra importante iniciativa é a simplificação da medição, cujo marco foi a queda da obrigatoriedade do medidor de retaguarda para consumidores especiais. Ao todo, a CCEE mapeou mais de 800 pontos de medição que se beneficiaram dessa flexibilização nos requisitos.

A instituição também apresentou em 2015 uma proposta para a comercialização de energia excedente do micro e minigeração, que ganhou corpo e entrou no escopo de estudos do Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída, do qual a CCEE participa ativamente. A proposta abre novas oportunidades de negócio para o mercado livre.