O estado de Pernambuco continua com o ímpeto da busca de investimentos em fontes renováveis. Com um cluster eólico já estabelecido, o estado que já abriga empresas como a LM Wind e a Gestamp no Porto de Suape, a intenção é também deixar o ambiente propício para a fonte solar. O estado, que realizou em 2013 o primeiro leilão regional solar, assegura a isenção de ICMS para projetos e todas as etapas da cadeia de energia de fontes renováveis. Desde o ano passado, o programa PE Solar fomenta a microgeração em micro e pequenas empresas, por meio de um fundo que financia os projetos. "Pernambuco tem um espaço muito interessante para todo o processo da cadeia produtiva, seja eólica, solar ou biomassa", afirma Pedro Cavalcanti Filho, secretário executivo de energia do estado.
O processo de recuperação judicial da fabricante de aerogeradores Impsa deixa Pernambuco em estado de alerta, uma vez que o cluster completo se rompe com a saída da empresa de origem argentina do estado. O secretário acompanha o caso com atenção e torce para que empresa consiga sair da recuperação judicial e retomar a sua produção de aerogeradores em Pernambuco. Mas caso a falência se confirme, a ideia de Cavalcanti Filho é que o estado busque novos ocupantes para o espaço que ela detém em Suape. "É um complexo que tem espaços disponíveis até para expansão daquela planta e há programas especiais que podem facilitar a chegada de novos interessados.
O cenário ideal seria que em caso de saída definitiva da Impsa do mercado, o espaço fosse ocupado por uma outra fabricante do setor eólico. O secretário conta que o estado vem estimulando essa discussão e já houve um pedido para que a própria Impsa também atuasse nessa aproximação. "A partir do momento que houver a decisão final, seja da falência ou da recuperação total, vamos estar preparados para ajudar a quem estiver ali na frente", avalia.
Outro projeto que o secretário está acompanhando de perto é o da UTE Novo Tempo (PE- 1.500 MW), da Bolognesi. A térmica foi comercializada no leilão A-5 de 2014 e ainda não está com o seu cronograma atrasado, mas rumores dão conta que ela enfrentaria dificuldades para o financiamento do projeto. Para Cavalcanti Filho, a viabilização do projeto é importante, uma vez que ele garante a segurança energética do estado e da região Nordeste. “É um importante investimento no estado para a geração de empregos", observa.