O mercado livre de energia registrou uma grande procura ao longo do primeiro semestre deste ano. A migração nesse período totalizou 1.151 novas unidades consumidoras. Contudo, esses novos clientes demandam pouca energia, como evidenciou o levantamento feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e divulgado na última quarta-feira, 6 de julho.
 
Dados preliminares indicam que, nos primeiros seis meses do ano, as unidades consumidoras especiais que migraram para o ACL apresentam uma média de consumo de 0,52 MW médio, sendo que a maior parte delas (58%) teve um consumo médio de 0,19 MW médio no período, entrando na faixa de menor demanda de energia entre os consumidores especiais.
 
Em junho, o destaque é justamente das empresas com menor consumo. Os dados indicam a adesão de 407 unidades consumidoras no mês, que registraram consumo médio de 0,43 MW médios. Desse total, 264 unidades consumidoras (65%) também registraram uma média inferior a 0,2 MW médio no período. De acordo com a regulação do mercado, o consumidor especial deve adquirir energia somente de fontes primárias incentivadas (usinas eólicas, solares, biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas). Hoje, estas empresas representam mais de 40% do total de agentes da CCEE.