A produção nacional de energia elétrica atingiu 58.480 MW médios na primeira semana de julho, o que representou um crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados preliminares coletados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, o destaque é a queda de 34,9% na geração térmica, impactada pela menor produção das usinas a óleo (-96,6%), gás (-52,5%) e a carvão mineral (-25,9%). A redução do uso desse tipo de combustível é positiva para o Sistema Interligado Nacional, pois reduz os custos e encargos para todos os agentes da cadeia. 
 
O levantamento da CCEE mostrou ainda que a geração hidrelétrica cresceu 14% no período, o que evidência uma melhora no cenário hidrológico em relação aos últimos dois anos. As hídricas representaram 72,2% de toda energia gerada no país entre os dias 1º e 5 de julho. O índice é 7.5 pontos percentuais superior ao registrado em 2015. Também contribuiu para uma matriz mais limpa o incremento de 97,1% na produção de usinas eólicas.
 
Outra notícia positiva é que o consumo nacional de energia no período apresentou crescimento de 2%, com incremento de 1,5% no mercado cativo e 3,7% no ambiente livre. No total, foram consumidos 56.422 MW médios. Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, consumidores livres e especiais, os setores de comércio (28%), alimentos (+16,2%) e de manufaturados diversos (16,2%) registraram os maiores aumentos no consumo. Os segmentos com queda no período foram os de extração de minerais metálicos (-14,3%), têxtil (-9%) e de minerais não metálicos (-8,6%).
 
A CCEE também apresentou estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia devem gerar, até a segunda semana de julho, o equivalente a 96,2% de suas garantias físicas, ou 48.272 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 94,2%.