Os investimentos em fontes de energia limpa nos seis primeiros meses do ano somaram US$ 116,4 bilhões em todo o mundo. Esse volume é 23% menor do que o registrado no mesmo período de 2015, segundo levantamento da Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Duas regiões se destacaram na pesquisa, na Europa houve um crescimento de 4% no primeiro semestre do ano para US$ 33,5 bilhões e o Brasil liderou o crescimento proporcional, com aumento de 36%, para um volume financeiro de US$ 3,7 bilhões entre janeiro e junho.

Apesar desses crescimentos, resultado foi impactado pelas demais regiões, que apresentaram queda ante o reportado em 2015. Na China que possui o maior valor financeiro a queda foi de 34% para US$ 33,7 bilhões. Nos Estados Unidos a retração foi de 5%, para US$ 23,2 bilhões.
Segundo o presidente do conselho consultivo da BNEF, Michael Liebreich, a tendência é de que os investimentos totais no mundo não alcançarão o recorde estabelecido em 2015. Na conjuntura apontada por ele está o fato de que os aportes em energia eólica e solar na China no ano passado foram mais elevados que o previsto anteriormente e há o impacto da demanda mais baixa em combinação a mudanças políticas no país. E acrescentou ainda as alterações no mercado solar para a trajetória de baixa já que os valores de investimentos estão ficando menores com a queda de preços.
Além da queda de investimentos na comparação com 2015 em termos de energia limpa, a BNEF revelou que os aportes de 2015 foram maiores que o divulgado anteriormente. Uma revisão de valores apontou que o montante somou US$ 348,5 bilhões, um patamar US$ 20 bilhões acima do divulgado em janeiro.
Esse fator ocorreu em decorrência da revelação de transações que ocorreram naquele ano, mas que não haviam sido divulgados. Houve aumento de US$ 29 bilhões em investimentos eólicos e solares de grande escala, principalmente nos dois maiores mercados e uma revisão negativa de US$ 10 bilhões para os investimentos em geração distribuída, em especial no Japão.