A Agência Nacional de Energia Elétrica negou pedido da Matrinchã Transmissora de Energia para prorrogação do cronograma de instalações de transmissão leiloadas em 2012. A data final para entrada em operação comercial do empreendimento era 10 de janeiro de 2015, 32 meses a partir da assinatura do contrato de concessão. Um dia antes do término do prazo a empresa solicitou a isenção de responsabilidade pelo atraso nas obras e a alteração dos marcos intermediário e final do cronograma, com a prorrogação do início da operação para 31 de julho daquele ano. Empreendimento fará a conexão das hidrelétricas do rio Teles Pires ao Sistema Interligado Nacional.

A concessão inclui a linha de transmissão Paranaíta – Cláudia, em 500 kV, circuito duplo, com extensão aproximada de 300 km; a LT Cláudia – Paranatinga, em 500 kV, circuito duplo, com extensão aproximada de 350 km; a LT Paranatina-Ribeirãozinho, em 500 kV, circuito duplo, com extensão aproximada de 355 km; e as subestações Paranaíta, Cláudia e Paranatinga, todas em 500 kV, com respectivas entradas de linha, reatores de linha e de barra, bancos de capacitores série e demais instalações, necessárias às funções de medição, supervisão, proteção, comando, controle, telecomunicação, administração e apoio. Os empreendimentos estão localizados no estado de Mato Grosso.
 
A agência rejeitou os argumentos da transmissora, que atribuiu os atrasos a uma série de acontecimentos. A Matrinchã alegou que foram identificados materiais arqueológicos no trajeto da linha de transmissão, mas houve demora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional em analisá-los; interferência do reservatório da hidrelétrica Sinop nas obras de transmissão; embargo em áreas de terras necessárias à implantação da LT Cláudia – Paranatinga e incêndio no alojamento do canteiro de obras da subestação Paranaíta.