A finlandesa Wärtsilä encerrou o primeiro semestre de 2016 com resultado antes de impostos, 38% menor do que no mesmo período de 2015, com 138 milhões de euros. Nesse período o volume de pedidos aumentou 1%, para 2,465 bilhões de euros. As vendas, por sua vez, apresentaram queda de 2%, para 2,163 bilhões de euros. O resultado operacional da empresa ficou em 205 milhões de euros, ou o equivalente a 9,5% das vendas liquidas uma queda de pouco mais de 1 ponto porcentual ante os 10,7% de 2015. O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado comparável ficou em 224 milhões de euros, ante os 250 milhões do período anterior.

O volume de pedidos ao final do semestre recuou 5% na comparação com o ano de 2015, para pouco mais de 5 bilhões de euros. Apesar desse recuo, a Wärtsilä manteve suas projeções de vendas para o ano em um intervalo que varia entre a estabilidade ante 2015 a um crescimento de até 5% nessa mesma base de comparação. A rentabilidade ficou entre 12,5% e 13%, mesmo indicador estimado anteriormente.
Os pedidos do segmento de energia da Wärtsilä aumentaram 30% no primeiro semestre de 2016 ante 2015, somaram 616 milhões de euros. Segundo a empresa, Ásia e Américas foram as regiões de atuação mais ativas no período com pedidos significativos na Argentina para três usinas e um total de 192 MW de capacidade, além de uma outra central de 310 MW em Bangladesh. Em capacidade instalada os pedidos somaram 1.886 MW sendo 1.298 MW por meio de usinas a óleo e 587 MW a gás. Contudo ainda é o menor entre as três áreas de atuação da companhia já que a divisão de soluções para o setor marítimo somou pedidos de 741 milhões de euros e serviços 1,1 bilhão de euros.
Segundo o presidente e CEO da companhia, Jaakko Eskola, o resultado desse semestre foi satisfatório diante do que classificou como desafios do ambiente operacional no qual a Wärtsilä se encontra. Mas que o volume de encomendas é considerado sólido em grande parte pelo segmento de energia. Contudo, o posicionamento da empresa é de cautela quanto ao desenvolvimento da demanda, muito em função da tendência atual dos mercados onde a empresa atua aliada à incerteza na economia global como um todo.