A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou os ratings corporativos da Light S.A de Ba3 para B1 na escala global e de A3.br para Baa3.br na escala nacional brasileira. Ao mesmo tempo, a agência rebaixou os ratings de emissor e das debêntures seniores sem garantia das subsidiárias integrais Light Serviços de Eletricidade S.A de Ba3/A3.br para B1/Baa3.br e Light Energia S.A de Ba3/A3.br para B1/Baa2.br , respectivamente. A perspectiva permanece negativa para todos os ratings.
De acordo com a Moody’s, o rebaixamento dos ratings da Light S.A, Light Sesa e Light Energia e a perspectiva negativa refletem incertezas em relação à capacidade da Light de cumprir com seus covenants financeiros nos próximos 12 meses; o enfraquecimento das métricas de crédito da companhia evidenciado por um fluxo de caixa operacional antes de capital de giro sobre Dívida de 15,4% nos últimos doze meses encerrados em março de 2016 comparado a 16,6% em 2015 e a 38,9% em 2014 respectivamente; a expectativa de que a geração de fluxo de caixa se deteriorará nos próximos 12 a 18 meses na ausência de venda de ativos ou decisão favorável do regulador sobre o pedido de revisão tarifaria extraordinária e um perfil operacional mais fraco, caracterizado por perdas não técnicas mais elevadas.
Segundo a Moody’s, uma elevação do rating é pouco provável no curto prazo. A perspectiva pode ser estabilizada se a companhia apresentar melhorias visíveis em seu desempenho operacional, tais como se o CFO antes de WC sobre cobertura de juros permanecer acima de duas vezes ou o CFO antes de WC sobre Dívida seguir acima de 10% em uma base sustentada. Os ratings podem ser rebaixados em consequência de uma deterioração do perfil de liquidez da companhia. Outra chance de rebaixamento vem na piora dos níveis de consumo ou uma tendência desfavorável na tarifa que levem a uma deterioração nas métricas de crédito da companhia.