A produção de energia eólica no Brasil atingiu 21,6 TWh no ano passado, crescimento de 77,1% na comparação com 2014. A potência eólica atingiu 7.633 MW, expansão de 56,2%. Os dados são do balanço energético publicado nesta sexta-feira, 22 de julho, pela Empresa de Pesquisa Energética. O relatório traz em detalhes a contabilização da oferta, transformação e consumo final de produtos energéticos no Brasil, tendo por base o ano de 2015.
 
Segundo a EPE, a matriz elétrica ficou mais limpa em 2015, passando de 74,6% para 75,5%. Isto é explicado pela queda da geração térmica a base de derivados de petróleo e ao incremento da geração a base de biomassa e eólica, o que compensou a redução de 3,2% da energia hidráulica. Porém, a oferta interna de energia elétrica retraiu 8,4 TWh, queda de -1,3% em relação a 2014.
 
O consumo final de eletricidade no país em 2015 registrou uma queda de 1,8%. Os setores que mais contribuíram para esta redução foram o residencial (-0,7%) e o industrial (-5,0%). Em 2015, o total de emissões antrópicas associadas à matriz energética brasileira atingiu 462,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (Mt CO2-eq), contra 485,1 Mt CO2-eq em 2014.
 
Em 2015, a oferta interna de energia (total de energia disponibilizada no país) atingiu 299,2 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), registrando uma redução de 2,1% em relação ao ano anterior. Parte desta queda foi influenciada pelo comportamento da oferta interna de petróleo e derivados, que retraiu 7,2% no período, em consequência do superávit nos fluxos de exportação e importação destas fontes energéticas. Contribuiu ainda para a queda da oferta interna bruta o enfraquecimento da atividade econômica em 2015, ano em que o PIB nacional contraiu 3,8%, segundo o último dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Clique aqui para ler o relatório completo.