A ABB reportou um lucro líquido de US$ 406 milhões no segundo trimestre do ano, uma redução de 31,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos seis meses de 2016 o resultado está 21% abaixo de 2015 com US$ 906 milhões ante US$ 1,152 bilhão do período anterior. Apesar da queda o resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) operacional da empresa nos três meses encerrados em junho alcançou US$ 1,106 bilhão, 5% maior que o do ano passado. De janeiro a junho o indicador está 2% acima em US$ 2,049 bilhões.

A margem operacional da empresa apresentou aumento de 1 ponto porcentual na comparação entre o segundo trimestre dos dois anos, passou de 11,7% para 12,7%. Praticamente o mesmo índice na base semestral que ficou 0,9 p.p. mais elevada, para 12,3%. Os pedidos de janeiro a junho somaram quase US$ 17,6 bilhões e a receita acumulada US$ 16,6 bilhões, quedas de 9% e 6%, respectivamente.
De acordo com o comunicado da empresa, o resultado líquido foi impactado por US$ 367 milhões em despesas com a reestruturação da companhia. O CEO da ABB, Ulrich Spiesshofer, destacou que a margem operacional foi melhorada pelo sétimo trimestre consecutivo. Além disso, indicou que o foco da multinacional em segmentos de alto crescimento minimizou o impacto dos mercados desafiadores como as indústrias de base. E que a organização continua a buscar o aprimoramento da estrutura de custos e de capital, bem como a produtividade.
Apesar de não revelar números, em termos de mercados onde a ABB atua, o Brasil foi classificado forte em relação ao volume de pedidos, resultado, segundo a avaliação da companhia, de iniciativas de crescimento concentrado. Em termos de áreas de negócios a empresa destacou que as concessionárias de energia mantiveram-se cautelosas, mas que continuam a fazer investimentos seletivos para integrar energia renovável e aumentar a segurança energética.