Os empregados da Eletrobras, reunidos em assembleia na tarde da última segunda-feira, 25 de julho, decidiram por suspender a greve por tempo indeterminado e aguardar a audiência de conciliação agendada para esta terça-feira, 26 de julho, no Tribunal Superior do Trabalho. A greve havia sido iniciada na última segunda-feira, 18.
 
No dia 8 de julho, a Eletrobras apresentou uma proposta de reajuste salarial, que estabelecia reajuste imediato de 5%, mais 1% em agosto, outros 1% em outubro e mais 1,28% em janeiro, totalizando 8,28%. Porém, os trabalhadores reivindicam um reajuste de 9,28% em uma única vez. Depois estatal ofereceu como última proposta 5% no salário de julho com pagamento retroativo a maio e os 4,28% restantes em novembro, mas retroativos a abril. De um total de 16 empresas, 11 aceitaram a proposta da estatal. As que recusaram foram Chesf, Furnas, Eletrobras Holding, Cepel e parte da Eletronuclear.
 
Diante do impasse, o processo de conciliação será intermediado pelo TST. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ), novas assembleias estão previstas para a próxima quarta-feira, 27, "a ser confirmada dependendo da volta dos representantes sindicais que vão participar da audiência de julgamento de dissídio coletivo de greve."
 
Ainda de acordo com o Sintergia-RJ, as empresas componentes do sistema Eletrobras entraram com pedido de abusividade da greve ou, alternativamente, a fixação dos limites mínimos de trabalho a serem respeitados, reivindicando 100% nas áreas de atividades fim e 50% na área administrativa e, ainda, a aplicação de multa pelo eventual descumprimento da medida e por atos que impeçam a livre circulação e o funcionamento normal das empresas. "A audiência acontece sob grande expectativa da categoria e a direção do Sintergia manterá trabalhadores informados assim que surgirem novidades", comunicou em nota.