Os desembolsos do BNDES para o segmento de energia elétrica somaram R$ 4,58 bilhões entre janeiro e junho deste ano, representando uma queda de 56% na comparação com igual período em 2015. As aprovações, porém, apresentaram crescimento de 21%, totalizando R$ 4,2 bilhões. As consultas somaram R$ 11,7 bilhões, queda de 22%. As consultas e aprovações são estágios que apontam o comportamento futuro dos desembolsos do BNDES. Por isso, é importante observá-los. Os dados foram divulgados pelo banco nesta quarta-feira, 27 de julho.
 
No total, os desembolsos do BNDES acumularam R$ 40,1 bilhões no primeiro semestre deste ano, queda de 42% na comparação com 2015. A maior parte dos recursos foi para projetos do setor de infraestrutura, que receberam R$ 12,9 bilhões, ou 32,3% do total desembolsado. Em seguida, vieram os setores da Indústria, com R$ 11,8 bilhões (participação de 29,5%), Comércio e Serviços (R$ 8,7 bilhões) e Agropecuária (R$ 6,6 bilhões).
 
De janeiro a junho último, as consultas por novos financiamentos, no total de R$ 56,4 bilhões, tiveram recuo de um por cento na comparação com igual período de 2015, em termos nominais, indicando desaceleração no ritmo de queda. Já as aprovações, que vinham apresentando declínios sucessivos, reagiram e registraram aumento de um por cento no acumulado do primeiro semestre do ano, atingindo R$ 43,9 bilhões, também a preços correntes.
 
Segundo o BNDES, a tendência desses indicadores se tornará mais nítida nos próximos meses, quando já estarão refletindo as novas políticas operacionais do banco, atualmente em fase de revisão. Conforme já sinalizado pela nova diretoria do Banco — e a exemplo do que já foi anunciado para o setor de transmissão de energia elétrica —, as novas políticas abrirão maior espaço para a complementação de financiamentos com mecanismos de mercado.