O lucro líquido do segundo trimestre da Engie Brasil Energia, ex-Tractebel, cresceu 57,1% este ano sobre o mesmo período anterior para R$ 328,8 milhões. No primeiro semestre, a geradora teve lucro de R$ 675,9 milhões, com alta de 22%. O ebtida do trimestre ficou em R$ 751,7 milhões, com crescimento de 28,3% ante o igual período de 2015. Nos seis primeiros meses do ano, o ebtida chegou a R$ 1,544 bilhão, 12,2% acima de 2015.
Esses números, segundo o diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, são o resultado da conjunção de dois fatores: redução do déficit de geração hidrelétrica e queda no preço do PLD, que caiu 80% se comparado ao segundo trimestre de 2015. Sattamini lembra também que o preço médio dos contratos de venda de energia foi de R$ 180,40/MWh no segundo trimestre deste ano – valor 6,1% maior do que o registrado no mesmo período de 2015. “Isso também impactou positivamente no resultado, embora em menor grau”.
A receita líquida da companhia somou R$ 1,570 bilhão no segundo trimestre, 1,7% maior que no ano passado. A Engie teve no primeiro semestre uma receita líquida de R$ 3,173 bilhões, 0,3% maior que no período anterior. As vendas de energia caíram 4,6% no segundo trimestre para 3.974 MW médios. No acumulado do primeiro semestre, as vendas recuaram 4,9% para 3.887 MW médios. A dívida líquida da companhia caiu 42,2% para R$ 1,570 bilhão.
O conselho de administração da empresa aprovou a distribuição de R$ 645.196.752,46 em dividendos intercalares, correspondentes a R$ 0,9884403986 por ação. O valor corresponde a 100% do lucro líquido distribuível do primeiro semestre e será depositado em 6 de outubro. Ano passado, a empresa distribuiu dividendos correspondentes a 55% do lucro, pois precisava preservar o caixa prevendo os investimentos a serem feitos.
“Mas, agora, a Engie Brasil Energia, além de manter boa posição de caixa, teve confirmada a liberação do financiamento do BNDES para o Complexo Eólico Santa Mônica, no Ceará, no valor de R$ 353,5 milhões”, ressalta Sattamini.