Dados de medição coletados entre os dias 1° e 26 de julho indicam aumento de 1,6% na geração e no consumo de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2015. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia, que totalizou 57.495 MW médios em julho, caiu 1,8% no mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, e cresceu 12,1% no Ambiente de Contratação Livre, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores.
A análise aponta aumento de 9,4% entre os consumidores livres, influenciada pela migração de empresas para o mercado livre, mas ao desconsiderar estas novas unidades consumidoras, ainda houve incremento de 4,3% no consumo, confirmando uma pequena reação da atividade econômica das empresas. Já os consumidores especiais registram elevação de 46,7% no consumo, índice explicado pela inclusão das novas unidades na análise, mas ao excluirmos os novos consumidores, haveria queda de 3,6%.
Em julho, os dados apontam a entrega de 60.004 MW médios ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O destaque é a geração das usinas eólicas que cresceu 63,6% frente ao mesmo período do ano passado com 4.216 MW médios. A produção das usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, alcançou 44.191 MW médios, aumento de 9,5% na comparação com julho de 2015. A representatividade da fonte foi de 73,6% sobre toda energia gerada no país, índice 5,3 pontos percentuais superior ao registrado no ano anterior. O desempenho das usinas térmicas, por sua vez, foi 28,1% inferior ao registrado em 2015 com influência direta da geração das usinas a óleo (-84,8%), bicombustível (-46,5%) e a gás (-41,4%).
O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem, até a quinta semana de julho, o equivalente a 90,1% de suas garantias físicas, ou 44.201 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 86,5%.