O consumo residencial subiu 4,6% em junho, enquanto as classes industrial e comercial retraíram 3,3% e 2,9%, respectivamente. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, o consumo nacional no mês ficou em 37.174 GWh. Na classe residencial, o consumo de 10.555 GWh em junho foi influenciado pelo ciclo maior de faturamento em algumas importantes distribuidoras. Retirando-se essa influência, de acordo com a EPE, o crescimento seria em torno de 2%.
Esse é o quarto mês consecutivo de variação positiva do consumo residencial, embora as condições econômicas permaneçam desfavoráveis à sua expansão, como sugerem os dados de venda de eletrodomésticos no ano, com queda de 16,5% até maio, e a avaliação de momento inadequado para a aquisição de bens duráveis. Segundo a EPE, o crescimento do consumo observado nos últimos meses tem sido, principalmente, atribuído à influência da temperatura, e ao afrouxamento das medidas de redução do consumo adotadas pelas famílias nos meses anteriores, fruto do choque tarifário ocorrido no ano passado.
Depois de crescer nos meses de abril e maio, o consumo comercial voltou a apresentar decréscimo em junho, evidenciando a baixa atividade do setor. Foram consumidos no mês 6.839 GWh. Na comparação com igual mês do ano anterior notam-se as variações de -5,7%, -6,9% e -9,0%, respectivamente, nos meses de março, abril e maio de 2016.
A demanda de eletricidade nas indústrias do país foi de 13.652 GWh em junho, decréscimo de 3,3% frente a 2015. No semestre, o consumo industrial fechou em 80.992 GWh, retração de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O cenário econômico do primeiro semestre deste ano, segundo a EPE, foi mais desfavorável que da mesma época de 2015, principalmente na comparação entre primeiros trimestres.
Entre janeiro e junho, o consumo residencial apresentou elevação de 1,2%. Já o comercial teve queda de 1,5%, em linha com o quadro econômico. Quando considerado todo o Sistema Interligado Nacional, a queda no semestre atingiu 1,7% e o consumo ficou em 231.502 GWh.