O cenário econômico e a busca por oportunidades vão fazer o ano de 2016 desafiante para a Schneider Electric. De acordo com o presidente da Schneider Electric do Brasil, Cleber Morais, o segundo semestre traz uma tendência de retomada de grandes projetos. "Temos um desafio pela frente. Para todo o lado que vai, os clientes estão querendo inovar com o diferencial competitivo", afirma o executivo que participou na última semana de evento no Rio de Janeiro (RJ).
Morais conta que nos últimos dias se reuniu com vários clientes e que vários deles têm projetos para desenvolver, porém esses projetos não estão inseridos na categoria dos mais pujantes, envolvendo automação e eficiência energética, oportunidades que ele considera boas para a empresa. Presente nas arenas e centros da Olimpíada no Rio de Janeiro com soluções integradas de distribuição, produtos de média tensão, transformadores e até mesmo na alimentação elétrica do VLT, a Schneider já adquiriu mais de 100 empresas ao longo da sua história, o que segundo o executivo lhe dá forte resiliência.
Morais conta que o fato do país ter uma energia cara faz com que a eficiência energética e automação sejam objeto de demanda do mercado. A redução de custos se torna personagem importante dentro da situação financeira. "Quando há um cenário de investimentos e expansão, o cenário é de mais investimento. Quando tem um cenário mais desafiador, a agenda passa a ser de eficiência, de redução de custos", avisa.
Atuando no Brasil há quase 70 anos, o país permanece como foco da Schneider. A empresa promete continuar investindo e apoiando o país. Por estar presente em várias partes do mundo, Morais considera a empresa experimentada em lidar com momentos como esse de adversidade. "Não dá para menosprezar um mercado com 200 milhões de habitantes, com consumo gigantesco", pondera ele, que acredita que o recuo no consumo de energia acabou por evitar problemas no abastecimento de energia.
A demora na implantação de tecnologias mais modernas, como o smart grid, não coloca o Brasil atrás na corrida pela modernização do setor. Segundo o presidente da Schneider, a automação por aqui já é grande, mas o que existe é uma questão de custos que faz crescer o retorno sobre o investimento feito em tecnologias. Ele se mostra otimista não só com a retomada econômica, mas também com a do consumo de energia. Ele vê um crescimento em pouco meses, com uma rápida recuperação do mercado. "A tendência de megacidades traz uma demanda por outros equipamentos que é muito forte, trabalhar com eficiência é uma questão de sobrevivência no planeta", aponta.