A concessionária carioca Light elaborou um plano de operação robusto para atender à demanda dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, iniciados nesta quarta-feira, 3 de agosto, com jogos do futebol feminino. A empresa investiu R$ 444 milhões em obras nas redes de média e alta tenção, construiu e modernizou subestações e sistemas de proteção elétrica.
 
A grande concentração dos projetos está na zona Oeste, região que mais cresce no Rio e que, portanto, herdará o maior legado de energia. Para se ter ideia, as obras realizadas lá aumentaram em 15% a capacidade de fornecimento de energia, o equivalente a 3 bairros de Ipanema, onde vivem 43 mil pessoas. Os investimentos também beneficiaram as outras regiões que abrigam os jogos, como Deodoro, Copacabana, Maracanã, além de Padre Miguel, Guadalupe, Lagoa e Flamengo.
 
Todas as arenas olímpicas contam com dupla alimentação de energia de fontes distintas. Isto significa que elas são atendidas por circuitos de diferentes subestações e por linhas exclusivas, como é o caso das arenas do Parque Olímpico, da Vila dos Atletas e do Maracanã, por exemplo. “Isto significa que, se uma das fontes apresentar alguma falha, a outra entra em operação automaticamente, sem afetar o fornecimento”, explica o diretor de Engenharia, Dalmer Alves.
 
A Subestação do Parque Olímpico, primeira obra a ser entregue dentro do Parque Olímpico, ficou pronta em maio de 2015, tempo considerado recorde devido à sua complexidade. Ela custou R$ 153 milhões e foi construída em parceria com Furnas (51% Light e 49% Furnas). Por segurança, ela recebe energia de fontes distintas e fornece energia para todas as arenas olímpicas por meio de linhas subterrâneas duplicadas. Se as duas linhas tiverem problema entram em cena os 197 geradores de energia. Além dela, a Light colocou à disposição 34 subestações estratégicas para atender a cidade durante as competições.
 
Os geradores de energia só serão acionados em caso de última necessidade. A Light é responsável pelo fornecimento deste serviço apenas na região da Barra da Tijuca, onde há 197 geradores: 155 para as arenas olímpicas e outros 42 para atender exclusivamente o International Broadcasting Center (IBC). Cada gerador tem autonomia para um período de 8h a 12h. Juntos, os 197 geradores têm capacidade para suprir o equivalente a 20 estádios do Maracanã.  Nas outras áreas olímpicas (Deodoro, Copacabana e Maracanã), o responsável pelos geradores é o Rio 2016.
 
Plano Especial de Operação – O plano ficou pronto um ano antes das Olimpíadas e foi sendo aprimorado durante os eventos-teste realizados. Ele foi elaborado para que o atendimento seja feito no menor tempo possível, garantindo também eficiência e segurança. Mais de mil profissionais, entre engenheiros, técnicos, eletricistas e operadores, estarão a postos 24 horas por dia. Ao todo, 155 equipes estão posicionadas estrategicamente em bases avançadas da Light situadas em cada região onde acontecem as competições. Cobertura garantida também de forma itinerante para dar plena assistência à cidade e, principalmente, às instalações prioritárias como, por exemplo, hospitais, aeroportos, rodoviárias, segurança pública, centros de operação, pontos turísticos e outros locais com elevado fluxo de pessoas.
 
Na Vila dos Atletas, por exemplo, a base avançada da Light conta com 21 pessoas especializadas em diferentes áreas. Para evitar deslocamento e transferência de equipamentos, a empresa possui um almoxarifado no local. Para o Maracanã, estão a postos 29 equipes de emergência, sendo que 4 delas circularão pela região para atuar rapidamente em caso de emergência.
 
A Light também mantém comunicação direta com os órgãos mais importantes de serviços públicos, tais como aeroportos, metrô, trens e companhias de telefonia e água. A empresa também contará com profissionais no Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro 24 horas por dia.