A Light reportou prejuízo líquido de R$ 58,4 milhões no segundo trimestre de 2015, um volume 2% mais elevado que o do mesmo período do ano passado. Dessa forma o número acabou anulando o resultado positivo da distribuidora fluminense que acumula perdas de R$ 57 milhões no acumulado dos seis meses de 2016, ante o lucro de R$ 71,2 milhões no mesmo período de 2015. O resultado ebitda ajustado somou R$ 162,6 milhões, aumento de 10,2%. No ano esse indicador é de R$ 527 milhões, retração de 23,2%.
Dentre os três maiores segmentos de atuação, o de distribuição pressionou os resultados para o campo negativo ao apresentar perdas de R$ 97,2 milhões no segundo trimestre, aumento de 180% ante os R$ 34,7 milhões de prejuízos de 2015. No ano, o desempenho é de queda de R$ 80,7 milhões ante os ganhos de R$ 3,5 milhões reportados no mesmo período anterior. Geração apresentou ganhos de R$ 22,8 milhões ante perdas de R$ 33,9 milhões de abril a junho e no acumulado de 2016 continua no vermelho com R$ 14,3 milhões. Em comercialização o resultado é de lucro no trimestre encerrado em junho e que levou a ganhos de R$ 39,3 milhões no acumulado dos seis primeiros meses de 2016.
A receita líquida da empresa, desconsiderando a de construção caiu 10,4% no período para R$ 2 bilhões, já no acumulado de janeiro a junho o valor está 18,9% abaixo com R$ 4,222 bilhões.
O mercado total da Light no trimestre cresceu 0,6%, para 6.486 GWh, influenciado principalmente pelo aumento de 6,7% na demanda residencial, resultado do aumento das temperaturas em abril. Na classe comercial o consumo aumentou 2,1% e na industrial houve queda de 10,4%, explicado pela empresa como o resultado do cenário econômico brasileiro. A demanda no mercado livre na área de concessão da Light recuou de 1.327 GWh para 1.259 GWh.
No ano a demanda total está 3,6% abaixo do verificado em 2015 com 13.370 GWh. Nessa base de comparação há recuo na demanda em todas as classes, sendo 3,5% na residencial, 1% na comercial e 9,9% na industrial. Considerando apenas o mercado livre, o recuo é de 3,6% passando de 13.871 GWh para 13.370 GWh.
As perdas totais da empresa por sua vez aumentaram 3,1% no trimestre e 6,2% no acumulado do ano e chegam ao equivalente a 23,92% do consumo, sendo que foi registrada estabilidade quando comparadas ao final do primeiro trimestre do ano, mas um aumento de 1,19 ponto porcentual quando colocado ao lado do indicador de junho de 2015. Na baixa tensão, principal foco dos desvios, as perdas não técnicas somaram 43,36%, um leve declínio ante os 43,69% do final de março, mas aumento de 4,12 p.p. em um ano.
Em 2016, a estratégia de combate às perdas não-técnicas da empresa foi remodelada. Dadas às condições macroeconômicas e um novo diagnóstico das causas e localização das perdas, intensificou-se a atuação em bairros de média e alta rendas. Ao mesmo tempo, o índice de arrecadação atingiu 103,7% no trimestre, indicador 5,9 p.p. mais elevado em relação ao mesmo trimestre de 2015. O desempenho, argumentou a empresa, reflete a efetividade das ações de cobrança a despeito do cenário macroeconômico desafiador na área de concessão. No acumulado de 2016 houve melhora de 4.9 p.p. em relação ao mesmo período no ano anterior.
Os indicadores de qualidade DEC e FEC melhoraram quando comparados ao reportado 12 meses atrás. O primeiro recuou de 13,59 horas para 11,46 horas e o segundo de 6,65 vezes para 6,30 vezes.