A AES Tietê apurou lucro líquido de R$ 103,1 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 14,1% na comparação com o lucro verificado em igual período no ano passado. A receita líquida somou R$ 412,1 milhões, encolhimento de 38,2%. O ebitda fechou em R$ 241,1 milhões, retração de 10% na comparação trimestral. A dívida líquida reduziu 5,5%, para R$ 1,05 bilhão. Com base neste lucro auferido, foi proposta a distribuição de R$ 118,7 milhões de dividendos intermediários, correspondentes a 115% do lucro líquido do trimestre e 117% do lucro líquido auferido no primeiro trimestre de 2016. Os dados financeiros foram divulgados na última quinta-feira, 4 de agosto.
 
Segundo a companhia, os resultados do segundo trimestre de 2016 foram influenciados de maneira positiva pela redução dos efeitos do GSF. A melhora na performance do mecanismo de redução de alocação de garantia física resultou em um menor volume de compra de energia que, junto ao menor preço spot médio verificado no submercado Sudeste, foram os responsáveis pela queda dos custos com energia no mercado de curto prazo em R$ 214,1 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. A energia gerada pela empresa também aumentou 130,1% por conta da recuperação parcial dos níveis dos reservatórios no submercado Sudeste/Centro-Oeste (56,1% no 2T16 vs. 36,1% no 2T15).
 
Vale lembrar que o desempenho financeiro da AES Tietê foi afetado pelo término do contrato com a AES Eletropaulo. O preço médio de venda da energia comercializada pela empresa passou de R$ 194,12/MWh no segundo trimestre de 2015 para R$ 143,83/MWh no 2T16. A companhia assinou novos contratos de venda de energia para o período 2018-2020. Com isso, os níveis de contratação para os anos de 2017, 2018 e 2019 totalizaram 88%, 70% e 38%, respectivamente.
 
O programa de manutenções e modernização da companhia recebeu investimentos de R$ 26,5 milhões no segundo trimestre do ano. Esses investimentos foram principalmente destinados a usina hidrelétrica Água Vermelha. Para o ciclo 2016-2020, a AES Tiete pretende investir R$ 402,5 milhões.
 
Por fim, em 15 de agosto a companhia realizará uma Assembleia Geral Extraordinária com o propósito de apreciar uma proposta de aumento de capital decorrente da capitalização parcial da Reserva Especial de Ágio equivalente a R$ 154,6 milhões. Após a aprovação desta capitalização, o capital social da companhia passará de R$ 262 milhões para R$ 416,6 milhões.