A Equatorial Energia vai analisar a compra de todas as distribuidoras que estiverem a venda, segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Eduardo Haiama. No entanto, ele descartou a participação no leilão da Celg-D, marcado para acontecer no dia 19 de agosto. Segundo ele, as condições do certame não estariam adequadas, assim como o preço. "Nós acessamos o data room, fizemos uma análise, mas não vamos seguir no leilão", declarou o executivo. A distribuidora goiana está sendo vendida por R$ 2,8 bilhões.

Além da Celg-D, outras distribuidoras da Eletrobras serão postas à venda, visto que a estatal resolveu não renovar as concessões de suas distribuidoras, localizadas no Norte e Nordeste do Brasil. As empresas ficam próximas à área de concessão das distribuidoras da Equatorial: Cemar (MA) e Celpa (PA). "Temos interesse em gastar muito tempo analisando cada empresa que esteja a venda, porque nosso modelo de gestão implica essa análise. Se a gente olhar e ver que não faz sentido, faz parte", explicou Haiama durante teleconferência para divulgação dos resultados do segundo trimestre da empresa, que aconteceu nesta quinta-feira, 11 de agosto.

"Não queremos crescer por crescer. Queremos crescer com responsabilidade", declarou o executivo. Segundo ele, hoje é difícil falar sobre as empresas do grupo Eletrobras porque ainda não se sabe as condições de venda dessas empresas. O diretor comentou ainda que a Equatorial também olha oportunidades nos segmentos de geração e transmissão, mas a relação risco/retorno precisa estar adequada. "No passado, a gente tentou fechar negócios em geração, mas acabamos não fechando. Transmissão também é um segmento que a gente via patamares baixos de retorno. Fazia mais sentido pagar dividendo. Agora, parece que os retornos estão mais atrativos", avaliou.

No entanto, ele frisou que no segmento de distribuição todos os ativos à venda serão analisados. "Nossa gestão é diferenciada, com controle de custos muito forte, que a gente entende que gera valor", apontou.