A Cemig vem alertando a população na tentativa de reduzir os desligamentos da rede elétrica provocados por queimadas, que atingem equipamentos do sistema elétrico da concessionária. Mais frequentes nesta época do ano – período de baixa umidade e vegetação mais seca – as queimadas elevam significativamente o número de ocorrências na rede de distribuição. Somente nos sete primeiros meses de 2016, a empresa registrou 63 casos em sua área de concessão, que prejudicaram o fornecimento de energia elétrica para cerca de 50 mil consumidores da companhia.
 
Para minimizar os danos, a concessionária realiza anualmente ações preventivas, investindo cerca de R$ 4 milhões em limpeza de faixas, poda de árvores e vegetações, execução de aceiros aos pés das torres e aplicação de pintura antichamas nos postes de madeira em locais de risco. Ao atingir redes de distribuição, os incêndios podem provocar a queima de postes e cruzetas de madeira e, consequentemente, o rompimento dessas estruturas e de cabos condutores. O gerente do Centro Integrado da Operação da Distribuição, Carlos José Thiersch, destaca que, nesses casos, é necessário substituir os materiais e equipamentos danificados, atividade que exige um tempo maior para religar os circuitos atingidos.
 
Outro problema que pode contribuir para aumentar a incidência de queimadas são os balões, que podem causar grandes acidentes quando atingem o chão ou tocam a rede elétrica. A proximidade do artefato com as redes de energia também provoca o aquecimento dos cabos, provocando curtos circuitos, rompimentos e desligamentos de grandes trechos. A empresa recomenda fazer queimadas somente com autorização do Instituto Estadual de Florestas ou órgãos competentes e de forma controlada, com a construção de aceiros e barreiras que impeçam a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito por meio de valas ou da limpeza do terreno, de modo a obstruir a passagem do fogo.