A CPFL Energia afirmou que deverá emitir debêntures de infraestrutura nos próximos meses para captar recursos para seus projetos. Segundo o diretor vice-presidente e de Relações com Investidores da companhia, Gustavo Estrela, o custo nessa nova modalidade de captação tem se apresentado mais baixo do que outros instrumentos normais de mercado.

"A gente já está olhando para essa possibilidade e aqui, sem dúvida nenhuma, a expectativa é de custos muito mais baixos do que a gente tem hoje nos instrumentos normais de mercado. Então, a gente deve acessar esse mercado nos próximos meses", declarou o executivo. Ele disse que as últimas captações feitas pela companhia ao longo deste ano tem um custo médio de 112% a 115% da CDI.

A empresa comentou ainda, durante teleconferência para divulgação de resultados, que aconteceu nesta sexta-feira, 12 de agosto, sobre os trâmites que envolvem a compra pela State Grid da fatia da Camargo Corrêa na CPFL. No momento, a State Grid, que ofereceu R$ 25 por ação da Camargo Corrêa, está realizando o processo de duo diligence. Ao fim desse processo, caso a chinesa continue com o processo de compra, os demais acionistas da distribuidora, no caso a Previ e a Bonaire, terão um prazo para exercer seu direito de preferência; realizar o tag along, ou seja, vender também suas participações para a chinesa -; ou manter suas participações da forma como estão hoje. Depois desse prazo, têm-se a conclusão da transação, após aprovação dos órgãos regulatórios competentes.

Aquisições – O presidente da empresa, André Dorf, afirma que a companhia sempre avalia as oportunidades que surgem no setor. No caso da Celg-D, empresa com leilão marcado para o dia 19 de agosto, o executivo disse apenas que o preço estava acima das expectativas, mas preferiu não se posicionar sobre a participação no certame. O executivo ainda foi questionado sobre um possível interesse na CEEE, caso ela venha a ser vendida. A empresa tem participação majoritária do governo do Rio Grande do Sul e faria sentido para a CPFL, que já é controladora da RGE e da AES Sul. "Seria um raciocínio lógico e o desejo da companhia, mas não temos nenhuma observância de que isso possa acontecer no curto prazo. Se ocorrer, vamos avaliar", comentou Dorf.