Para a Alupar, a Agência Nacional de Energia Elétrica piorou as condições para o leilão de linhas de transmissão que vai acontecer em setembro deste ano. De acordo com José Luiz de Godoy Pereira, diretor de Relações com Investidores, lotes que não foram arrematados no último leilão serão oferecidos no próximo certame com uma Receita Anual Permitida menor ainda. As condições de financiamento também são objeto de apreensão. "O leilão ainda é uma incógnita. Estamos analisando para ver se houve alguma outra alteração que não estamos enxergando que justifique isso", afirmou Coimbra, em teleconferência com investidores nesta sexta-feira, 12 de agosto.

Ele criticou a justificativa dada pela Aneel para reduzir a RAP, de recuo no câmbio de alterações nas condições de financiamento do BNDES. Segundo ele, no leilão anterior as condições de financiamento do BNDES eram de 70% da TJLP e isso não impediu que metade dos lotes ficassem sem dono. Neste, a TJLP vai ser de 50%, o que faz com que ele preveja um possível insucesso do certame. "Como depende muito do capex, estamos vendo se chega em algo viável, é difícil dizer se vai ser ou não", aponta o executivo, que lembra que empresa analisa lotes.

A venda da Transchile, empresa que opera linhas de transmissão no Chile, que tem como proprietárias a Cemig e a Alupar, segue com seu processo de venda, que deve ser concluído nos próximos 30 dias e está sendo conduzido pelo banco BTG. Como não era um ativo estratégico, a venda fazia sentido para a empresa, que vai usar o dinheiro para reciclar o seu  capital.