A Cteep registrou alta de 35% no lucro líquido do segundo trimestre, que alcançou R$ 107,9 milhões, ante R$ 79,9 milhões em igual período anterior. O ebtida alcançou R$ 174,5 milhões no período, 51,5% maior que em 2015. A margem ebtida ficou em 60,8% nos meses de abril a junho. A receita líquida da companhia cresceu 2,8% para R$ 287 milhões. O endividamento bruto da transmissora caiu 2% para R$ 1,074 bilhão.

Até junho, a Cteep realizou investimentos da ordem de R$ 75,4 milhões. Esses valores foram destinados para reforços, novas conexões, modernizações e melhorias, capitalização de pessoal, projetos corporativos e de telecomunicação. Os recursos também foram usados para aportes nas subsidiárias.

Em relação à indenização dos ativos não depreciados, a administração da Cteep entende que, mesmo com a publicação de portaria determinando que os valores homologados pela Aneel passem a compor a Base de remuneração Regulatória a partir do processo tarifário de 2017, ainda não é possível reconhecer com razoável grau de certeza o montante atualizado do valor do RBSE.

Esse posicionamento, afirmou a empresa, se baseia em parecer contábil independente elaborado pelos professores Natan Szuster e Ricardo Lopes Cardoso, o qual levou a companhia à conclusão de que existem aspectos relevantes para definição de tal valor que ainda serão discutidos pela Aneel em Audiência Pública, prevista para início em outubro de 2016 e conclusão em fevereiro de 2017.

Entre esses fatores, podem ser destacados a metodologia e índice de atualização e remuneração aplicáveis no cálculo do Valor do RBSE; esclarecimentos quanto aos prazos de pagamento para as parcelas atrasadas e remanescentes do valor do RBSE; e definição da tributação aplicável sobre os valores a receber. 

A empresa aguarda ainda o julgamento de um recurso pela Aneel, com relação ao montante do valor do RBSE reconhecido pela agência até a presente data. A decisão deste recurso também terá efeito na definição do valor do RBSE. Com isso, a Cteep mantém o valor contabilizado pelo saldo histórico até que entrem em vigor as normas complementares suficientes para que seja possível mensurar com confiabilidade o referido valor, atualmente contabilizado em R$ 1,49 bilhão.